quarta-feira, 1 de março de 2017

Manteiga ou Margarina?

Ricardo Alexius
Cada vez mais forte, e de forma sinistra, alastra-se grande campanha de desinformação no Brasil e no mundo, infiltrando-se no movimento popular a mentira de que toda gordura naturalmente saturada de origem animal é nociva, para aumentar o consumo dos alimentos industrializados.
A campanha foi desencadeada pelo pavor que brota nas indústrias do agronegócio, pois os consumidores estão procurando se afastar das margarinas, óleos de soja, transgênicos, biscoitos e salgadinhos com gorduras trans.
Já entre 1920 e 1960, nos Estados Unidos, a propaganda que atribuiu crimes terríveis à manteiga fez com que seu consumo despencasse de 8,160 para 1,810 quilos por pessoa ao ano. Nesse mesmo período, as doenças cardíacas se tornaram a assassina número um naquele país. Não é preciso ser mestre em estatística...
Regiões produtoras e consumidoras de manteiga foram durante séculos no mundo a morada dos povos mais sadios, mais longevos, com as crianças mais coradas, com dentes fortes e com um vigoroso sistema imunológico.
As vitaminas A, D e E presentes na manteiga garantem o bom funcionamento da tireoide e das glândulas supra-renais, que desencadeiam papel importante no funcionamento do coração e do sistema cardiovascular. São antioxidantes, protegendo o organismo dos radicais livres que destroem artérias e estão presentes em gorduras estragadas e rançosas encontradas em margarinas e óleos vegetais poliinsaturados.
Com o consumo de manteiga, garante-se o aporte de Lecitina necessário para a perfeita assimilação e metabolismo do colesterol, que é anticancerígeno, promove a saúde da parede intestinal -- prevenindo o câncer de intestino --, protege contra microorganismos patogênicos, é antifúngico e atua no desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso central.
O leite materno é rico em colesterol e 50% do seu valor calórico está na porção gordurosa. Felizmente ainda não está se prescrevendo leite materno desnatado aos bebês.
Não dispomos de espaço físico aqui para falarmos das benesses do Selênio, do Fator X, do ácido linoléico conjugado, do Iodo e dos glicoesfingolipídios, também presentes neste dourado produto, a manteiga.
Somente a manteiga possui o "Fator Wulzen", recentemente descoberto, que atua contra a calcificação das articulações, da artrite degenerativa, do endurecimento das artérias, da catarata e da calcificação da glândula pineal, que produz a serotonina, fator anti-estresse, o hormônio da tranquilidade. É este hormônio, quando sintético, que vicia as pessoas que ingerem antidepressivos.
A osteoporose pode estar tão presente nos dias atuais pelo fato das pessoas, mesmo apreciadoras de leite, pensarem ser o leite desnatado melhor que o integral.
Triste engano a noção de que a manteiga provoca ganho de peso. As cadeias curtas de ácidos graxos não ficam depositadas no tecido adiposo humano, mas são imediatamente usadas para produzir energia. O tecido adiposo é formado por cadeias longas de ácidos graxos provenientes do consumo de óleos poliinsaturados -- como os de soja, girassol, canola, milho, algodão -- e dos carboidratos refinados, tais como açúcar, farinha de trigo e arroz brancos.
No entanto, aqueles especialistas em nutrição ludibriados pela grande mídia continuam denegrindo a manteiga, a banha e até o abacate; e recomendam pastas cremosas fajutas até como "papinha" para bebês.
Afinal, quem se beneficia com esta guerra de propagandas? A medicina clássica? Os hospitais? A indústria farmacêutica alopática? As indústrias processadoras de alimentos?
Todos eles. Mas em especial, visando tornar estes produtos atraentes à classe alta, os processadores de alimentos e os donos do agronegócio -- com suas safras exploradas no sistema de monocultura à base de toneladas de fertilizantes químicos e agrotóxicos -- se empenham em promovê-los como alimentos saudáveis.
Seremos uns tolos se acreditarmos nisso.

Artigo publicado pelo jornal Folha de Londrina de 16/03/2011
e jornal O Paraná de 03/03/2011 http://oparana.com.br/Paginas/20110304/opiniao.pdf

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