quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Republicando OS ECONOMISTAS NÃO SERVEM PARA DIAGNOSTICAR A CRISE Vejam o que disse este professor americano



Economistas não servem para diagnosticar a crise

QUE ECONOMISTAS ESTAMOS FORMANDO?

Vem crise, sai crise.
Eleições a cada dois anos já são rotina. Que bom!
Infelizmente nossos economistas não aprenderam nada com todos os acontecidos. Continuam orientando nossos políticos e eles próprios acreditam, que para resolver a crise é só aplicar fórmulas matemáticas complexas na economia global ou localizada, atuando no câmbio, baixando a taxa de juros, fazendo o controle fiscal, taxando a entrada de capitais (voláteis ou não – BUÁÁ), reduzindo os gastos do governo (leia-se cortar recursos da saúde, da educação, previdência). 
"Óh não! O problema é o custo da máquina governamental", dizem os privatistas (Qualquer crise a iniciativa privada se socorre nos bancos públicos e na máquina estatal, engraçado né?). 
"Não podemos deixar o sistema bancário entrar em colapso, senão vai ter quebradeira geral"  Coitadinhos, todos são “Buona gente”.
"Não, não, não! esta crise é uma crise de liquidez, o povo está poupando e não está gastando". "Está faltando dinheiro no mercado"  "Gastem, pelo amor dos meus filhinhos

OS VERDADEIROS PROBLEMAS E AS SOLUÇÕES

PRIMEIRO é preciso coragem para dizer aos quatro ventos, na mídia (TV jornais, rádios) os verdadeiros problemas que a humanidade enfrenta. 
TENS CORAGEM?    
Deputado não fala, pois tem medo da base que o elegeu (Agronegócio, Igreja, Sistema Bancário, Indústria, comércio, etc). O executivo pensa na próxima eleição e é orientado pelos economistas, sem coração, a jogar o jogo do capitalismo selvagem e sem alma. Tudo deve ser resolvido pelo deus MERCADO. A iniciativa privada nem pensa nisto, o negócio é LUCRO a qualquer custo.

SEGUNDO é preciso mais coragem ainda para enfrentar os problemas, equacioná-los e resolvê-los.

MAS QUAIS SÃO OS PROBLEMAS?

São problemas econômicos, ambientais e sociais:

1.Recursos naturais limitados e muitos à beira da exaustão
2.Excesso populacional no planeta
3.Concentração da população nos grandes centros urbanos
4.A praga do Consumismo
5.A simplificação dos sistemas produtivos
6.O obsoletismo programado. Qualidade e durabilidade dos produtos.
7.Muitos templos poucas escolas

COMO RESOLVÊ-LOS?

Não existem soluções fáceis e fórmulas prontas, o certo é que dentro de um sistema que privilegia o lucro e o consumismo, isto não vai ser possível resolver.

1.Quanto aos recursos naturais limitados é o próprio planeta finito que nos impõe.Precisamos tomar consciência que o planeta e seus recursos são finitos. 
Dirão alguns, mas e os recursos naturais renováveis? Isto é meio que uma falácia. Plantar cana ou soja na situação que plantamos, com adubação artificial e muitas vezes exógena, destruindo a biodiversidade e as poucas matas que restam, envenenando e destruindo córregos e rios?  Acabou a renovabilidade do recurso! 
Nós não podemos seguir o American way of life, podemos é aprender com ele e abolí-lo da face da terra. Eles (os americanos) consumiram boa parte dos recursos naturais do planeta e agora entram em desespero e o desespero é para voltar a crescer. Crescer para consumir nos mesmos padrões de sempre? É a suprema insanidade.

2.População em excesso é problema? Claro que é. 
É preciso ter coragem de dizer isto e sem medo de padres e pastores ou do SISTEMA. 
O CONTROLE DE NATALIDADE é uma necessidade urgente. Se necessário, deve ser feito por coação do estado sob pena de chegarmos a um limite e nos tornarmos uma praga ou uma doença. Se a mãe terra diagnosticar isto pode ser que ela seja forçada a nos expurgar antes que coloquemos a existência da Pacha mama em risco. 
Cada cidadão que nasce torna-se um consumidor (desregrado) em potencial e já que nasceu ele merece ter uma vida digna, como eu, você e qualquer outro. É melhor fazer o controle de natalidade do que potencializar o consumo ou colocar mais um indivíduo na sarjeta, para morrer de fome ou ter uma vida sub humana.

3.O excesso populacional nas grandes cidades, muitas tomadas por hordas de consumidores inconsequentes (chamo de Humanóides) produzindo lixo, precisando de casa, luz, água, esgoto, transporte e emprego, dependentes de um sistema predatório dos recursos naturais, vai gerar tantas demandas que nem o sistema público e nem o privado vão dar conta. 
Hoje, fazer o caminho inverso da migração campo - cidade, é uma tarefa quase impossível. Podemos pelo menos estancar esta migração, dando condições para que, principalmente o jovem, permaneça no campo. No interior também devem existir boas escolas (educação básica, profissional e superior) de fácil acesso, cultura, lazer. O indivíduo que ali viva deve ter perspectiva de sucesso (econômica, política e social). A Reforma Agrária e a luta dos movimentos sociais são grandes instrumentos para se evitar o êxodo rural. O investimento na agricultura camponesa faz-se, portanto, urgente.

4.A praga do consumismo, digo praga como praga fosse mesmo. Em nome do lucro, o comércio aliado à indústria, empurra goela abaixo do consumidor vidiota, radiota, panfletoidiota, paineloidiota e quantos idiotas lembrar, tudo o que é porcaria que inventa para consumir. Existem coisas boas, mas é preciso separar o joio do trigo. Jogam no mercado, um monte de inutilidades, que somente fazem aguçar o desejo inato de consumo dos energúmenos, sem senso crítico e razão suficiente para discernir o que é realmente necessário para a sua vida. 
É a praga do consumismo aliada a propaganda enganosa e ao excesso de população, que está levando à exaustão os RN e à crise global que hoje o mundo enfrenta. Os culpados não são só os juros altos, a taxa de câmbio, a bolsa de valores e todas estas merdas inventadas pelo mercado e em nome dele exercidas.

5.O planeta, com seus 4,5 bilhões de anos, produziu uma diversidade de vida extraordinária:  Sequoias de 2 mil anos com 100m de altura, elefantes, baleias, vacas, bois, gatos, cachorros... mostrando-nos que a diversidade é a grande riqueza do planeta. 
Nós, diante da pressão do consumismo, causados pelos fatores supra citados, estamos simplificando os ecossistemas, derrubando as florestas e destruindo os biomas, para plantar cana, soja... usando e abusando de venenos, eufemisticamente chamados de agrotóxicos, para atender uma demanda artificialmente criada pelos capitalistas inconsequentes. A depauperação dos ecossistemas é diretamente proporcional aos problemas que enfrentamos hoje.

6.Em nome do deus capital e do lucro os produtos não podem durar muito tempo, só precisam ser belos, apelativos. A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA está no âmago de muitas empresas e fábricas sem compromisso ambiental e social. Felizmente, já existem empreendimentos responsáveis. Penso que estes é que mereceriam todo o apoio para que pudessem realmente dominar o comércio. Quanto à população, que na maioria é vaca de presépio (Maria vai com as outras), vai ser necessário um programa educativo/formativo agressivo e até coercitivo para que mude seus vícios de consumo. Vão dizer muitos: "isto é antidemocrático, vai ferir os direitos do cidadão".  Ora, estamos falando de SALVAR O PLANETA e com ele a vida humana e toda a biodiversidade.

7.Vocês já pensaram se todas a energia que pastores e padres gastam para ludibriar a população, arrecadando recursos e construindo templos, fosse gasta para construir escolas e fazer formação: a revolução que faríamos. Pastores e padres estão com o foco errado, não adianta urrar dentro dos templos, precisamos construir escolas, fazer formação humanista, profissional e racional para que salvemos a vida e o planeta.

Percebem como o foco dos economistas está errado. A crise vai aumentar, pois ela não é uma questão meramente numérica, econômica, ela é antes de tudo de falta de ética, de destruição ambiental e de falta de responsabilidade social. É preciso mudar o foco, mas isto só vai ser possível se mudarmos comportamentos, atitudes, derrocando um sistema de consumo irresponsável embasado no lucro a qualquer custo.


cerne de guajuvira
menoncin.blogspot.com

2 comentários:

Daniel disse...

Boa tarde.
Estava lendo o artigo sobre o código florestal brasileiro, no site: http://blog.ambientebrasil.com.br/?p=262, quando me deparei com um comentário seu, o que me remeteu ao seu blog.
O texto é excelente, e reflete muito da minha visão, que como estudante de administração, já teve incontáveis discussões com docentes das cadeiras de economia, que, cegados pela visão de que a economia é o único fator a ser considerado, esquecem de outras áreas do conhecimento tão importantes quanto.

Me orgulho de ter o mesmo sobrenome de alguém com tamanho conhecimento.

Daniel Menoncin, de Curitiba

CERNE DE GUAJUVIRA disse...

Caro Daniel
Obrigado pelas palavras
Estou em Curitiba no Hotel Masters Express rua Fco Torres 285 até sexta feira. Gostaria de conhecê-lo.
61 96946200
milton.menoncin@mec.gov.br