quinta-feira, 22 de março de 2012

Qualificar o meu olhar é um dos caminhos para a LIBERTAÇÃO

VEJO A REALIDADE OU O QUE QUEREM QUE EU VEJA?

Adaptado de Sobre a Educação do Olhar na Escola

Qualificar o meu olhar é um dos caminhos para a libertação

·      Aquilo que aparece diante de nossos olhos é a realidade?
·      Eu entendo aquilo que olho?
·      O objeto ou a imagem que vejo precisa ser compreendida na sua totalidade;
·       Preciso ter opinião sobre o objeto ou imagem que vejo;
·       O ato de olhar merece reflexão.

As coisas que nos são mostradas, pelo mundo do consumismo, contêm sempre mensagens subliminares e somente com um múltiplo olhar, usando também dos nossos diferentes sentidos é que poderemos identificar as intenções ocultas.
Esta capacidade só atingiremos educando o olhar.
Para educar o olhar é preciso cultivar a arte de ver.


A VISÃO DIVERGENTE
É a visão sob ângulos diferentes das mensagens e imagens que os MCS nos mostram. É uma visão múltipla, não bitolada ou enquadrada.
Os meios de comunicação e as mídias fazem circular diariamente inúmeras mensagens e imagens que num determinado momento acabam nos atingindo. É a hora de usar o olhar divergente
Analisando as imagens e mensagens veiculadas pela publicidade, Kellner considera que esta exerce uma ação pedagógica sobre as pessoas, ensinando-lhes o que precisam e devem desejar pensar e fazer para alcançar o prazer e a felicidade. Para ele, a publicidade veicula e inculca nos indivíduos uma visão de mundo, uma ideologia de vida, valores e comportamentos que aparentemente trazem satisfação imediata.
Para neutralizar a influência ideológica da publicidade e escapar dos apelos do consumo precisamos desenvolver “competências emancipatórias”. Precisamos, ainda, “compreender como os textos culturais funcionam, como eles influenciam e moldam” nossos comportamentos.
Também é importante observar que vivemos em uma sociedade do espetáculo, e que nessa sociedade todos os assuntos são apresentados como se fizessem parte de um show. Já não é fácil discernir o real do ficcional. Amor, morte, guerra, futebol, novelas, tragédia, comédia, tudo faz parte de um espetáculo cotidiano que não tem trégua. E nesse espetáculo, muitas vezes perdemos a capacidade de discernir criticamente os fatos.
Muitas são as imagens e elas nos transmitem a ideologia da mercadoria: tudo é consumível e deve ser consumido. Nada mais importa a não ser realizar os desejos despertados pelas mensagens de consumo. Consumo de objetos, de drogas, de ilusões e de vidas.
Como olhar para essas mercadorias, como assistir ao grande espetáculo da sociedade (e participar dele!) e como usufruir dos bens culturais sem perder a capacidade de fazer leituras críticas sobre os fatos e, a partir delas, realizar intervenções éticas?
Acreditamos que um caminho é não acreditar sempre no que nos mostra o nosso olhar, seja sob que ângulo estejamos “olhando” os fatos. É preciso sempre criar outros ângulos, refletir sobre as imagens que observamos a partir desses novos ângulos e entender que nada pode ser olhado maniqueisticamente: o bem e o mal (e o que é bem para uns nem sempre o é para todos) estão em todas as coisas e precisamos saber usufruir de cada coisa aquilo que ela apresenta de construtivo. Nesse sentido, o que primeiro precisamos fazer é  procurar conhecer tudo o que nos cerca, desvendar seus mistérios, penetrar em suas fortalezas, derrubar seus muros.
Não podemos esquecer, também, da importância que se deve dar à observação dos diferentes modos de veicular ideologias, valores, estética e ética utilizados pelo cinema, pelo teatro, pelo rádio, pela televisão, pela internet, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas, pelas crônicas, pelos romances, pelos poemas, pelas charges, pelos quadrinhos, pelos comerciais, pelas comidas, pelos livros didáticos, pelos mapas e atlas, pelas disciplinas escolares, e ainda pelos pregadores religiosos, pelos artistas, pelos educadores, pelos políticos. Somente olhando-os de forma crítica é que poderemos identificar o lugar onde eles se colocam para veicular suas mensagens e que relação esses lugares e essas mensagens estabelecem com os nossos conceitos de gênero, raça, cidadania.
Por fim, precisamos descobrir as formas de desconstrução das estratégias usadas por esses veículos e indivíduos, para que possamos, quando necessário, enfraquecer seus discursos e fortalecer discursos mais compatíveis com um pensamento planetário de solidariedade e de valorização humana.
Consumismo Infantil 
A globalização é um processo que age sobre o homem. As suas conseqüências sociais e econômicas estão transformando o modo de vida da humanidade. Valores éticos e morais, conceitos políticos e sociais, o uso da ciência e das artes, enfim, a cultura criada pela humanidade em milênios está sendo modificada, substituída e, de alguma forma, afetada radicalmente. (Chiaveneto, 1998)


A mídia ela tem um vasto poder sobre a sociedade, tudo que se passa na mídia, por mais insignificante que seja tudo vira as mil maravilhas. Se uma grande rede televisiva anunciar algum produto, mesmo que não necessitamos queremos tê-lo e também porque foi anunciado por um ator famoso, isso gera o consumismo, pessoas comprando coisas sem necessidades, e gastando o que não tem o que acontece na maioria das vezes, a mídia ela tem um poder enorme para mudar a cabeça das pessoas, traz muitas influências boas e também ruins.

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