segunda-feira, 26 de março de 2012

TIRE O CISCO DO OLHO E A CERA DO OUVIDO.



DESVENDANDO O QUE ESTÁ ESCONDIDO

Jacques Derrida e a DESCONSTRUÇÃO

Como captar mensagens subliminares, decodificá-las e interpretá-las à luz da racionalidade científica.
Em linguagem mais chula: TIRE O CISCO DO OLHO E A CERA DO OUVIDO.
Novelas, livros, matérias e artigos de Jornais, Jornal Nacional e similares, propagandas. Todos estão sob suspeição. Sempre há uma segunda ou terceira intenções. Muitas vezes a primeira intenção já vem eivada de más intenções. DESCONFIE.


DESCONSTRUÇÃO: Os procedimentos bem comportados do discurso nem sempre são confiáveis. Trata-se de desconfiar dos procedimentos do discurso, pois este, sempre, está disponibilizando significados novos e, normalmente, insuspeitados. O que significam os discursos embutidos nos textos, nas novelas, nos sermões, nas gritarias dos pastores... Para Derrida, seria preciso abrir as comportas da significação, de modo que rolassem soltos todos os significados que o logocentrismo, manifestação da metafísica ocidental, escamoteou em nome de seu projeto autoritário e unificador.
Desconstrução significa o desmonte do texto/discurso onde um leitor faria a abordagem com este foco, visando a que se pusesse a descoberto tudo quanto nele existe, inclusive os significados que o leitor acrítico não consegue entender/desnudar. A palavra desconstrução é significativa e sua carga semântica sugere que o trabalho proposto por Derrida tem como objetivo desmanchar princípios, postulados, discursos, enfim, textos, de modo devastador.
O objetivo da desconstrução é questionar a estrutura interna dos textos/discursos, com a finalidade de pôr a descoberto aquilo que os sintomas dos enunciados acobertam. Essa estrutura deixa ver, na sua superfície, uma espécie de voz monolítica que quer se fazer a expressão da verdade, algo definitivo e irrefutável que sufoca inúmeras outras vozes que são impedidas de ecoar.
Dessa maneira, Derrida propõe um trabalho que coloca na mira de sua crítica desconstrucionista essa tradição do pensamento ocidental, desrecalcando nele tudo aquilo que foi dissimulado e que aparece na forma de sintomas, do mesmo modo que, indicando o que essa tradição valoriza, tem como objetivo denunciar a arbitrariedade dessa valorização.



ALGUMAS SUGESTÕES PARA DESCONSTRUIR UMA OBRA QUE VOCÊ ESTÁ LENDO OU JÁ LEU

1 – FAÇA UMA DEVASSA NA VIDA DO AUTOR
Nome, quem é ele, onde viveu e onde vive, com quem anda, é engajado politicamente, pertence a alguma religião, durante a ditadura estava de que lado, que formação tem, onde trabalha qual a profissão, é só escritor, tem consciência ambiental, quem são seus interlocutores.

2 – OBRAS EM QUE SE BASEOU PARA ESCREVER O TEXTO, NOVELA, LIVRO, DISCURSO, PRÉDICA, PEÇA, SERMÃO, FILME.
No corpo da obra sempre haverá uma referência a este tópico. Se for material científico haverá citações bibliográficas.

3 - OBJETO
a) Identifique o objeto no Espaço (Território):
Onde se desenrola a história (o evento), em que país, território, continente, município, centro, bairro, favela, família, ricos, pobres, interior, cidade...


b) Identificação do objeto no tempo:
A época que se desenrola o evento, Passado? Presente? Futuro? Quando? É novela de época? É filme de ficção

4 - METODOLOGIA
Procure identificar a metodologia usada para executar/escrever a obra, seja Filme, Livro, Sermão...

5 – OBRA A SER DESCONSTRUÍDA:
Título, autor, data, editora... Todos podem nos dar pistas da intencionalidade do autor

6 – PROCURE DESCOBRIR A INTENCIONALIDADE DO AUTOR
Explo: Vender um produto, fazer propaganda de sua igreja, criticar a outra igreja, propaganda racista, passar ideologia, defender o agronegócio, destruir o código florestal, defender os agrotóxicos, se é trabalho homofóbico,

7 - PROCURE LISTAR OS TRECHOS ONDE O AUTOR DEIXA TRANSPARECER SUA INTENCIONALIDADE
É numa frase, ou várias; num capítulo; numa foto, num personagem, numa cena, na capa, na abertura,

8 – DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A OBRA
9 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Fale sobre a obra como um todo, sem necessariamente dar sua opinião.

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